quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Guerreiro

E lá estava o guerreiro... Cansado, exausto. O sangue, de um brilho intenso, escorria em seu rosto, a batalha já durava dias e noites. O corpo todo lhe doía, sua visão já ofuscava. Diante dele seu inimigo alto, vivo, ainda inteiro apenas com pequenos arranhões e lhe preparava um outro golpe, talvez o ultimo.

O campo de batalha era lindo, parecia um templo ou qualquer outro lugar sagrado. Tinha algo de divino naquele lugar suspenso com suas arvores que mais pareciam gigantes vigilantes, uma cachoeira que chorava por todo o sangue derramado e o ar úmido com um cheiro que eu, o visionário, não sou capaz de explicar, só sei dizer que também era divino.

Eis então que o inimigo faz sua espada dançar no ar de uma maneira firme. Os olhos do guerreiro se enchem de pavor e se vê obrigado a colocar sua espada em posição de defesa. O inimigo se movimenta rápido e num décimo de segundo ele está golpeando, como um leopardo elegante e feroz, o guerreiro que consegue numa deselegância discreta defender se. Mas ele sabe que não vai ser possível resistir muito mais tempo. Teria ele capacidade de bolar um plano, teria seu inimigo algum ponto fraco? Não dava tempo de pensar muito, os golpes continuavam de maneira incansável. Nesse instante seus olhos se cruzam, e ele entendeu que a ultima coisa a se fazer era retirar o pavor de seus olhos. Pavor este que foi substituído por um brilho de olhar de quem está preparado para morrer sem medo.

Um comentário:

Unknown disse...

huummm....gostei da forma como vc escreveu esse!!! MAs em qm vc se inspirou pra falar sobre esse guerreiro??