terça-feira, 29 de abril de 2008

Navegante Negro

Homens vindos do mar
Flagelos...
no porto, no mar
lá estão todos eles
uma infinitude de pontos negros
uma infinitude de traços vermelhos
teus braços movem os mares, os oceanos, as águas e os rios
na proa, bem ao longe, vê tua terra
no teu berço se lança
para nao mais sentir o rubro peso da dor

Ata me

de olhos fechados corro em direção à lua
sinto a brisa suave da noite sobre meu queixo
o urro do vento nos meus braços
e a liberdade em meus pés

domingo, 13 de abril de 2008




Agora encontro me num processo de verticalizacao...


Onde o que importa é horizontar o conhecimento


Simbologias, externos, demagogias e ideologias nao importam mais,


Agora o importante é, justamente, o que todas essas coisas sao em si.


terça-feira, 8 de abril de 2008

Para ...

Como ousa dividir o que é meu
Aquilo que conquistei

Sou taurino, egoista, egocentrico e o que mais quiser dizer
E nao adimito que dê a outrem aquilo que é meu

já lhe disso isso:
você é meu, e da tua boca monopolio fiz
como ousas dividir o que é meu?

Areias

Tudo é muito branco e não consigo achar o ponto negro.
Quero escutar as ondas do universo vindas daquela concha.
Preciso do mar, da minha areia da minha terra.
A finco busco-a.
Eu a quero.
Desejando a mim mesmo.

[ a criança está sorrindo para mim]

Bambole

Eu me sinto fraco.
Perdido dentro das minhas entranhas, na viscosidade do meu ser.
Os meus pensamentos dançam e brincam com a minha lucidez.
Meu corpo é bambo,
E os meus dedos tentam se equilibrar nas cordas.
Tento matar minha sede nos meus cigarros.
[As crianças lá fora gritam. Eu grito]
Me guio pelos meus traços, pelas minhas linhas feitas de sombra.
A costura da minha vida é feita por três olhos cegos.
Não há luz, só a vermelhidão do sangue.
Eu sangro. Sangro pus.
O cheiro da fumaça me entorpece.
Quero me guiar.
Quero o meu cais pra nele me jogar.