terça-feira, 8 de abril de 2008

Bambole

Eu me sinto fraco.
Perdido dentro das minhas entranhas, na viscosidade do meu ser.
Os meus pensamentos dançam e brincam com a minha lucidez.
Meu corpo é bambo,
E os meus dedos tentam se equilibrar nas cordas.
Tento matar minha sede nos meus cigarros.
[As crianças lá fora gritam. Eu grito]
Me guio pelos meus traços, pelas minhas linhas feitas de sombra.
A costura da minha vida é feita por três olhos cegos.
Não há luz, só a vermelhidão do sangue.
Eu sangro. Sangro pus.
O cheiro da fumaça me entorpece.
Quero me guiar.
Quero o meu cais pra nele me jogar.

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